À semelhança do que tem sido debatido e mesmo posto em prática noutros países, também os clubes portugueses estão a estudar a possibilidade de efetuarem cortes nos salários dos jogadores de modo a fazerem frente aos elevados prejuízos causados pela suspensão das competições devido à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o jornal ‘Record’, este tema tem sido debatido entre os clubes profissionais, que aguardam uma tomada de posição por parte do Governo relativa a questões laborais para fecharem um modelo a aplicar por todos, sendo certo que os cortes não serão feitos de forma unilateral mas sim após tentativa de acordo com os futebolistas.

A ideia, que será para implementar já em abril, passa pela criação de vários escalões, de forma a salvaguardar os jogadores com salários mais baixos, com os atletas com vencimentos mais altos a terem cortes mais elevados.

O Sindicato dos Jogadores também deverá ser ouvido nesta matéria sendo que Joaquim Evangelista, presidente do organismo, sublinhou que não podem ser apenas os futebolistas a serem alvo de eventuais cortes.

“É injusto querer fazer o reajustamento apenas à custa dos jogadores. Não podem ser só eles a fazerem sacrifícios”, referiu o presidente do organismo acrescentando que os cortes não podem ” ser a olho. Há rácios que têm de ser escrutinados”, considerando que não faz sentido equacionar cortes já em abril uma vez que “as únicas receitas que os clubes deixaram de ter foram de bilheteira. Para muitos deles, sai mais barato ter os estádios fechados…”, explicou.