A Liga Portugal emitiu um comunicado a esclarecer as medidas propostas conjuntamente com o Sindicado de Jogadores para fazer frente à situação dos contratos e salários dos jogadores durante a paragem forçada das competições devido à epidemia de Covid-19.

O organismo presidido por Pedro Proença estima perdas de “310 milhões de euros nas receitas previsionais imediatas” traduzindo-se num “decréscimo de 60 por cento face aos 512 milhões de valor de receitas operacionais” relativas à temporada anterior.

Sublinhando estar a passar por “uma situação absolutamente excecional”, a Liga Portugal apresentou um conjunto de propostas ao Sindicato dos Jogadores, das quais algumas foram aceites e outras não.

Foram aceites as seguintes medidas: a prorrogação dos contratos de trabalho até término da época, considerando a sua duração até ao último jogo oficial de 2019/2020; a prorrogação dos contratos de empréstimo e cedência até término da época, considerando a sua duração até ao último jogo oficial de 2019/2020; parte do período de férias será definido por indicação dos clubes; e por último acordou que nenhuma destas medidas constitui justa causa de rescisão do contrato de trabalho desportivo.

Por outro lado, os organismos não chegaram a acordo relativamente à proposta de celebração de acordos de redução salarial entre jogadores e clubes, assim como a atribuição aos dois organismos da responsabilidade de determinarem uma “redução percentual do salário anual dos jogadores” repercutido até ao final da presente época.

“Os clubes da Liga NOS e da LigaPro ficaram, a partir do momento em que não se viabilizou esta parte do acordo com o SJ, libertos para poderem lançar mão de todas as medidas especiais propostas pelo Governo, em concreto o Lay off ou outras medidas análogas previstas na Lei, bem como a liberdade para negociar livremente com os seus atletas”, informou a Liga.