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Fernando Gomes: “Futuro do futebol não está garantido”

4 de Maio, 2020 por vsports

Estando agendado para o início de junho o retomar das principais competições do futebol nacional, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) diz que é altura de se pensar mais no amanhã de modo a “tornar a sua atividade mais sólida”.

Num artigo de opinião divulgado em vários jornais, Fernando Gomes refere que “vivemos o tempo do impensável. O presente desafia-nos e ao olharmos para o futuro já não alcançamos o que antes parecia certo. O futuro do futebol, lamento dizê-lo, não está garantido. O futebol, durante muitos anos, parecia o centro da vida para muitas pessoas, mas, não aligeiremos as palavras, já todos percebemos que não é”.

A paragem das competições desportivas devido à pandemia do COVID-19 veio colocar a nú as fraquezas da indústria, pelo que está na altura de se pensar num novo caminho. “O futebol, como a própria sociedade, tem vivido num modelo económico e comunitário estruturalmente baseado na velocidade das interações. Temos pensado de menos no amanhã”, alertou o dirigente que considera ser fundamental encontrar novas fontes de financiamento no futebol nacional, vincando que os orçamentos dos clubes não podem estar dependentes das qualificações para as competições desportivas.

O presidente da FPF também deixou um apelo para a criação de projetos desportivos mais sólidos, que não sejam colocados e causa ao primeiro infortúnio: “Escolher bem diretores desportivos, treinadores, jogadores. Ultrapassada esta conjuntura extraordinário, teremos de evitar as trocas constantes de recursos humanos ao primeiro sinal de que as coisas não correm conforme o planeado. A persistência, a resiliência e o trabalho coletivo dão resultados”, disse.

Em jeito de conclusão, Fernando Gomes, apontou o caminho a tomar: “Acredito que nas próximas semanas saberemos merecer a confiança das autoridades e decidir em campo os nossos representantes. Num círculo virtuoso, se formos competitivos e continuarmos a apostar na excelência nas áreas da formação dos mais jovens, o reconhecimento internacional acontecerá, as receitas económicas aumentarão e as apostas originais terão ainda mais hipóteses de se tornarem a norma.”