Pinto da Costa está preocupado com o parecer da Direção Geral de Saúde (DGS) para o regresso do campeonato nacional. Para o presidente do FC Porto, faltou ouvir alguns dos intervenientes, como os médicos dos clubes.

“O desagrado foi generalizado. Há coisas que não compreendo muito bem, mas se calhar não são fáceis de entender. Não compreendo como é que se quer proibir um profissional de futebol, que vai exercer a sua atividade e depois tem de ir diretamente para casa, não pode conviver com ninguém. Se isso é importante, então é um desprezo para todos os outros profissionais. Isso é cortar a liberdade das pessoas e completamente injustificado. Naturalmente que para isso há os experts que estão a analisar a situação. Todos os que ouvi no ramo da medicina acham que há coisas que não compreendem.

Quando questionado se quer ser ouvido quanto aos processos: “Se quero que me ouçam? Eles ouvem quem querem. Fazerem uma reunião, elaborarem um plano sem ouvirem os especialistas como o Doutor Froes que é o supervisor dos problemas da Liga, e sem ouvirem os médicos do clube acho realmente estranho, mas não tenho poder para obrigar alguém a ouvir quem quer que seja”.

Ainda assim, o dirigente azul-e-branco acredita que há condições para o futebol voltar: “Penso que se a norma de conduta não vier complicar, há todas as condições para voltar ao futebol. Se o futebol não puder voltar, nenhuma atividade pode. Correm muito mais perigos qualquer funcionário da restauração do que um jogador na casa dos 20, 30 anos, com uma alimentação cuidada, com cuidados médicos com toda a atenção. Isto seria desvalorizar todos os que não são jogadores de futebol. Ninguém mais do que os responsáveis do clube devem ter atenção à saúde, é o património e além disso são seres humanos e amigos no convívio do dia-a-dia. Costuma-se dizer que tudo o que é demais, acho que estão a cair em exageros e espero que o bom senso.”