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Golos de Eustáquio aos 10′ e de Marcano aos 86′ valeram ao FC Porto o triunfo frente ao Sporting, em Leiria, e a primeira conquista de sempre da Allianz Cup.
A final da Allianz Cup, cuja bola foi entregue por um mensageiro especial, Paulo Futre, que jogou em ambos os emblemas, teve um início frenético com a bola a entrar duas vezes nas balizas, mas a contar apenas uma vez. E comecemos pelo golo legal. Pepê trabalhou na direita à passagem dos 10′, cruzou atrasado e a bola chegou a Eustáquio que atirou de longe com Adán a não ficar bem na fotografia, deixando escapar a bola das mãos. Estava feito o 1-0, mas o “leão” não demorou a reagir. Pedro Gonçalves desmarcou Edwards, o inglês tirou Cláudio Ramos do caminho e atirou para o fundo da baliza, mas o VAR acabou por anular o golo devido a fora de jogo de 41cm do extremo leonino.
Apesar disso o ritmo não abrandou e os primeiros 20 minutos de jogo mostraram equipas a procurar a baliza adversária e a jogar de forma aberta esta final. Sérgio Conceição surpreendeu no onze inicial, apostando no reforço do meio-campo e deixando o ataque entregue a um solitário Mehdi Taremi, com Rúben Amorim a manter a aposta em Morita no centro, avançando Pedro Gonçalves para a frente de ataque, relegando Trincão para suplente. Aos 24′ foi mesmo Pedro Gonçalves a ter o empate no pé direito, mas primeiro Pepe e depois Cláudio Ramos numa tentativa de Morita, evitaram o pior para os “dragões”.
A energia inicial foi-se perdendo e apenas aos 32′ voltámos a ter algum perigo com Taremi a rematar já em esforço e obrigando Adán a defesa apertada junto ao poste. Aos 36′ veio a resposta leonina com dose dupla de ferros. Porro atirou com a bola a desviar ainda em Eustáquio e a esbarrar na trave de Cláudio Ramos que estava batido, e no seguimento do lance Pedro Gonçalves rematou, a bola desviou de novo num jogador portista (Uribe) e foi ao poste direito azul e branco. Momento de grande azar para os lisboetas e de sorte para os nortenhos. O Sporting terminou a primeira metade por cima do jogo e aos 42′ Paulinho na cara de Cláudio Ramos permitiu a defesa do guardião portista com o FC Porto a conseguir adiar o empate e a jogar cada vez mais longe da baliza de Adán. João Pinheiro apitou para o intervalo e ficou no ar a sensação de promessa de grande segunda parte.
As estatísticas diziam que há 70 anos que o Sporting não conseguia fazer uma reviravolta numa 2.ª parte frente ao FC Porto, depois de estar em desvantagem ao intervalo e os segundos 45 minutos seriam a derradeira prova para os “leões” mudarem estes números. Só que a boa energia da primeira metade transformou-se em quezílias e muitas faltas que levaram até à expulsão de Paulinho por duplo amarelo após uma falta sobre Otávio. A equipa de Amorim ficou reduzida a dez, Pedro Gonçalves recuou para o meio e Edwards ficou como o homem mais adiantado. Mas o Sporting não conseguia ter bola, o FC Porto começou a gerir o jogo de outra forma e aos 86′ Pepê repetiu a iniciativa do 1-0 na direita, cruzou com conta, peso e medida e Marcano ao segundo poste só teve de fazer um passe de cabeça para o fundo das redes de Adán. Estava feito o segundo do jogo e o FC Porto ficava assim a minutos do seu primeiro triunfo na Allianz Cup. Trincão aos 90+4 deu o “canto do cisne” leonino com um cabeceamento ao lado, e João Pinheiro a apitar pouco depois para o final de uma partida que marca a primeira conquista do FC Porto da Allianz Cup.