Paços de Ferreira e Sporting defrontaram-se na Mata Real numa partida que terminou com o triunfo a sorrir aos ‘leões’ por quatro golos sem resposta.

César Peixoto fez – em relação, à vitória por 2-1 em Vizela – três alterações, uma delas já esperada, face ao castigo de Antunes: Luís Bastos entrou para lateral-esquerdo. De resto, dois regressos após castigo, os de Nuno Lima e Holsgrove. Saíram do onze Ferigra e Nigel Thomas. Já no lado leonino, Rúben Amorim fez apenas uma alteração com a entrada de Bellerín para o lugar de Ricardo Esgaio.

A partida começou com o Sporting ao ataque e logo no primeiro minuto. Pedro Gonçalves com um tiro cruzado que Maracás cortou, depois Diomande num desvio ao segundo poste, ambos a desperdiçar as primeiras oportunidades numa fase ainda madrugadora do jogo.

E aos 7′ aconteceu aquele que pode ser um dos momentos mais caricatos deste campeonato. Luiz Carlos recebeu de Marafona, quis atrasar novamente para o guarda-redes, a bola acabou por ir contra o poste e Marafona, na tentativa desesperada de evitar o golo, acabou por colocá-la na própria baliza. Marcador inaugurado num lance de pura infelicidade pacense.

Apesar da desvantagem, a equipa da casa não conseguiu reagir e criar perigo, cabendo aos “leões” duas boas oportunidades por Nuno Santos aos 11′ e Pedro Gonçalves aos 25′, com o Paços finalmente a responder aos 26′ com Guedes a trabalhar na entrada da área e a rematar com perigo ao lado. Mas a equipa leonina estava por cima no jogo e ficou novamente perto do segundo aos 33′ quando Inácio cabeceou para grande defesa de Marafona. E o Sporting tanto ameaçou que aos 33′ concretizou: Trincão descobriu Nuno Santos com espaço na esquerda e este na saída de Marafona aplicou um chapéu para o 2-0. A turma de Amorim continuou a mandar no jogo e Trincão aos 37′ só não fez o 3-0 porque Marafona com a mão esquerda impediu o golo ao extremo português.

O intervalo chegou com o Sporting em vantagem por 2-0, mas com muitas oportunidades para dilatar o marcador perante um Paços que praticamente não se viu a nível ofensivo.

A segunda metade abriu com Pedro Gonçalves a testar novamente Marafona, que a dois tempos conseguiu agarrar a bola após um remate em jeito do avançado leonino. O desenho do jogo pouco mudou e a equipa lisboeta continuou a dominar e a procurar a baliza pacense e por isso não foi de estranhar que aos 62′ Trincão rodou na área sobre Maracás e na cara de Marafona atirou para o terceiro. A partida rolou com menos pontos de interesse, destacando-se aos 65′ a entrada de Paulinho que regressou aos relvados depois de nove jogos de ausência, sendo um reforço importante para a reta final da época da equipa de Amorim.

O jogo acabou por se “arrastar” até final, com os jogadores do Paços a demonstrarem uma quebra anímica numa fase decisiva da Liga na luta pela manutenção. Chermiti, que coincidiu durante alguns minutos com Paulinho no ataque leonino teve a última grande oportunidade do jogo, permitindo a defesa de Marafona que acabou a partida fisicamente debilitado. Mas ainda houve tempo para um último golo com Chermiti aos 90+3 a corresponder da melhor forma e a encostar após cruzamento de Arthur na esquerda, dando contornos de goleada ao triunfo leonino.

Com este resultado o Paços de Ferreira complicou e muito as contas da manutenção de forma direta e o Sporting recuperou a esperança de alcançar um lugar no acesso à Liga dos Campeões, reduzindo para quatro pontos a diferença para o SC Braga, terceiro classificado.