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Um golo de Marcano dez minutos para lá dos 90 regulamentares deu ao FC Porto uma vitória muito sofrida, e por isso muito saborosa, diante do Farense, por 2-1. Os algarvios fizeram uma grande exibição no Dragão e valorizaram a conquista da equipa de Sérgio Conceição (ausente por castigo), que soma seis pontos em seis possíveis e sobrevive num jogo simbolicamente importante – o primeiro na era pós-Otávio, que será jogador do Al Nassr e já não foi opção.
Durante grande parte do primeiro tempo, o FC Porto mais parecia estar a fazer um exercício contínuo de ataque posicional, e tentou-o fazer depressa e bem. As bolas portistas chegavam a zonas de tiro com a mesma rapidez com que eram recuperadas. Embora sem grandes lances de golo, Toni Martínez fez balançar as redes algarvias aos 13 minutos, assistido por Galeno, na sequência de uma recuperação de bola em zona alta.
Com Nico González em estreia a titular, o FC Porto carregou sobre o seu adversário e teve mais alguns remates perigosos – dois deles do médio ex-Barça -, mas permitiu ao Farense algum espaço no meio campo que foi aproveitado pelos algarvios na fase final do primeiro tempo. O primeiro grande aviso visitante foi dado por Zach Muscat aos 43 minutos, num pontapé de bicicleta à trave, e logo a seguir surgiu o golo do empate por Rui Costa. Trabalho sublime do avançado português, depois do Farense se ter apoderado de uma bola de Marcano que tinha como destino Taremi.
Recolher aos balneários empatada no reduto do FC Porto deu à equipa de José Mota mais confiança e outro tipo de desenvoltura ofensiva para o segundo tempo. Se é verdade que o FC Porto continuou a carregar sobre o seu adversário, colecionando momentos de golo cantado, também é certo que o Farense impôs respeito em vários momentos e, com outras tomadas de decisão em ataques rápidos com igualdade ou até superioridade numérica, poderia ter chegado ao golo.
Mas foi o inspirado Marcano que, ao décimo de 12 minutos de desconto, se aventurou no ataque azul e branco e respondeu de cabeça para o fundo das redes um cruzamento de Gonçalo Borges, também ele decisivo na forma como mexeu como a jogo depois de saltar do banco durante a segunda parte. Um golo que gerou uma explosão de alegria, e de alívio, no Dragão. Tempo ainda para uma defesa decisiva de Diogo Costa, a travar o cabeceamento de Mattheus Oliveira aos 105 minutos.