O FC Porto suou a bem suar para levar os três pontos de Vila do Conde, com um triunfo por 2-1 frente ao Rio Ave. À semelhança do que sucedeu na semana passada, na receção ao Farense, Iván Marcano foi o herói do universo azul-e-branco ao aventurar-se até à grande área contrária para fazer o 2-1 que sentenciou a partida, aos 90+4. Pouco antes, aos 90+1, Galeno tinha empatado a contenda na conversão de uma grande penalidade sofrida por Gonçalo Borges, que voltou a sair do banco para mexer, e de que maneira, com a partida.

É incontornável concluir que as dificuldades sentidas pelo FC Porto para desmontar as estruturas defensivas adversárias resultam de um défice de criatividade que terá de ser resolvido “in-extremis”, no fecho do mercado. Tem sido na raça, na vontade extrema de querer ser feliz, que os ‘dragões’ têm resolvido os problemas que lhe têm surgido neste início de época; e, claro, na inspiração permanente de Marcano, um central com instinto de ponta de lança que raramente falha diante da baliza contrária.

Destaque para o Rio Ave FC, que fez um jogo bastante equilibrado e sentiu-se quase sempre confortável a defender as investidas adversárias. Verdade seja dita que, até ao golo inaugural de Costinha (50′), também de penálti, a equipa da casa pouco tinha produzido ofensivamente, mas a capacidade de fazer passar o tempo com a bola longe da sua baliza estava a ser suficiente para colocar problemas enormes ao FC Porto, que parecia sem ideias para dar a volta ao marcador, à entrada para o tempo de compensação.

Ainda assim, para já, não parece haver antídoto para a força que os ‘dragões’ apresentam nas fases finais dos encontros, e que lhes permite igualar o líder Vitória SC e Sporting na frente da tabela da Liga, com 9 pontos em 9 possíveis.