Arouca e FC Porto defrontaram-se no Municipal Arouquense com triunfo da equipa da casa por 3-2.

Daniel Sousa, afastado do banco por castigo, apostou no 11 habitual da equipa da Serra da Freita, com destaque para as presenças das duas grandes figuras da equipa até ao momento: Cristo González e Rafa Mújica. Já do lado azul e branco, Sérgio Conceição optou por manter a equipa titular que empatou na última jornada com o Rio Ave no Dragão, mesmo já tendo de volta a opção Mehdi Taremi – regressado da selecção – para a frente de ataque.

Ainda muitos adeptos procuravam o lugar na bancada e já a bola entrava na baliza de Diogo Costa. A parceria espanhola do Arouca funcionou logo no primeiro minuto, com Cristo a cruzar na direita e Mújica a desviar de cabeça para abrir o marcador. Mújica assinou assim o 13.º golo e Cristo, por sua vez, realizou a quinta assistência na Liga. No entanto a vantagem demorou pouco porque aos 8′ Robson Bambu acertou em Evanilson na área e Nuno Almeida apontou para a marca de grande penalidade que o mesmo Evanilson converteu para o empate.

O jogo seguia animado e aos 15′ Galeno atirou em arco e obrigou Arruabarrena à primeira grande intervenção da noite, com os ‘dragões’ a mostrarem que o golo madrugador dos arouquenses não os assustou. Mas depois de algumas tentativas ténues de perigo da turma de Conceição, foi o Arouca quem voltou à frente do marcador depois de Pepe aos 29′ ter desviado com o braço um cruzamento de Pedro Santos permitindo a Cristo, aos 30′, atirar a contar da marca dos 11 metros, batendo Diogo Costa.

Alan Varela, lesionado, obrigou Conceição a mexer colocando Eustáquio em campo, mas o FC Porto mostrava dificuldades para criar perigo e assustar os da casa. Mújica aos 37′ voltou a ameaçar Diogo Costa com um forte remate de longe e o intervalo chegou com o FC Porto a ter de alterar estratégia para conseguir ultrapassar a ideia de jogo arouquense.

Os portistas entraram para a etapa complementar com mais intensidade e Arruabarrena aos 49′ e aos 50′ viu-se obrigado a duas intervenções que negaram o empate a Francisco Conceição e Nico González. A resposta chegou aos 56′ com Cristo a obrigar Diogo Costa a defesa apertada e a deixar o alerta para a defesa portista que começava a correr mais riscos, defendendo mais subida. E depois do alerta, chegou a concretização. Jason recebeu na direita, foi para cima de Fábio Cardoso e atirou de longe sem hipótese para Diogo Costa.

O Arouca surpreendia e o FC Porto começava a ficar em maus lençóis. O técnico portista recorreu então a Taremi, recuou Pepê para lateral-direito no lugar de João Mário tentando o máximo para recuperar o resultado. Mas nem assim o FC Porto conseguiu crescer no jogo e chegar perto da baliza de Arruabarrena, vendo ainda o Arouca em algumas ocasiões espreitar o contra-ataque que acabou várias vezes mal definido. Aos 86′, num lance fortuito após um lançamento lateral longo, o FC Porto voltou a reentrar na partida com Francisco Conceição a reduzir para 3-2 e a deixar tudo em aberto, isto numa altura em que se ouviam cânticos de protestos dos adeptos portistas com a exibição da equipa.

 Já nos descontos Fábio Cardoso viu o segundo amarelo e consequente vermelho, dificultando ainda mais o assalto final portista na procura pelo empate. Mas o apito final de Nuno Almeida chegou e o Arouca saiu vencedor, numa partida em que o FC Porto podia ter aproveitado para reduzir distância para o Benfica e acaba a perder mais três pontos na luta pelo título.