O FC Porto levou a decisão do jogo em Londres até aos penáltis. Trossard marcou perto do intervalo o golo que anulou a vantagem que a equipa portista trazia do Dragão, mesmo com prolongamento o marcador não voltou a mexer e foi nas grandes penalidades que o Arsenal confirmou a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Destaque para Raya que defendeu os remates de Wendell e Galeno.

Apesar de estar em desvantagem na eliminatória, não foi fulgurante a entrar do Arsenal, perante o seu público, bancadas cheias, e a precisar marcar. Foi aliás Evanilson quem aos 22 minutos ameaçou a baliza de Raya, valeu a intervenção do guardião, a evitar o pior para os ingleses. Perto da meia-hora, um corte providencial de Pepe, que fez um jogo extraordinário, a impedir que Kay Havertz chegasse ao cruzamento de White. Mesmo com maior posse de bola do FC Porto, aos 41′ o Arsenal empatou a eliminatória. A bola ficou na posse de Odegaard após corte de Wendell, o norueguês combinou com Trossard que perante Diogo Costa rematou rasteiro e marcou.

As equipas regressaram ambas para o segundo tempo com os mesmos onzes. Aos 67′ Odegaard ainda festejou um golo, mas o lance tinha já sido interrompido por falta ofensiva de Havertz sobre Pepe. O FC Porto respondeu de imediato, remate fortíssimo de Francisco Conceição que só não deu golo porque Raya defendeu. Evanilson ainda tentou a recarga, mas estava em fora de jogo. Em dois minutos Diogo costa negou dois golos. Primeiro, aos 83′, fez a mancha a Gabriel Pereira e fechou o caminho ao remate do recém-entrado jogador, depois, aos 85′, travou o remate cruzado de Saka. Quando tudo se encaminhava para o prolongamento, infelicidade para Alan Varela e Sérgio Conceição, o argentino saiu de maca com queixas físicas.

No prolongamento, o FC Porto era uma equipa visivelmente cansada, o Arsenal bem tentou pressionar e tirar partido disso, mas também nunca conseguiu chegar com perigo à grande área portista. Antes dos intervalo do prolongamento, desentendimento entre Havertz e Sérgio Conceição, os dois tentaram dominar uma bola que já tinha ultrapassado a linha lateral, o avançado alemão empurrou o treinador português, o episódio acabou por ser resolvido pelo árbitro.

Com os 120 minutos terminados, restavam apenas as grandes penalidades para decidir o vencedor. Odegaard foi o primeiro a avançar, enganou Diogo Costa e marcou. Pepê seguiu-lhe o exemplo, e com toda a calma converteu o lance. Havertz seguiu-se, ainda hesitou a meio mas também atirou a contar. Logo a seguir, Wendell tentou colocar a bola longe do alcance de Raya, mas não só o guarda-redes da casa adivinhou o lado, como a bola que saiu puxada ao poste ainda foi ao ferro. Saka com um remate seco, não deu hipóteses a Diogo Costa e Grujic com um remate a meia-altura mantinha vivas as esperanças azuis-e-brancas. À quarta oportunidade, Rice aproveitou que Diogo Costa se lançou demasiado cedo e rematou para o centro da baliza, já a finalização de Galeno saiu denunciada, Raya adivinhou novamente o lado e fechou a ronda de penáltis num 4-2 favorável à equipa londrina.

O FC Porto foi eliminado, mas nunca se vergou e vendeu cara a derrota ao Arsenal, que só nos penáltis foi superior à equipa portista. O sorteio dos quartos-de-final decorre na sexta-feira em Nyon, 15 de Março, pelas 11h00.