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Rúben Amorim fez a antevisão do embate com o Estrela da Amadora, na Reboleira, marcado para este sábado. A partida da 27.ª jornada, que antecede dois encontros consecutivos com o Benfica, é a mais importante de todas para o técnico do Sporting, que afastou uma gestão por causa dos 7 jogadores em risco de amarelo, entre eles Hjulmand. Pedro Gonçalves mantém-se no boletim clínico e não é opção.
Houve ainda elogios a Quenda, jovem promessa do Sporting, e uma certeza: a equipa sabe bem da importância dos jogos que aí vêm. E mais: a preparação da próxima época já está em marcha, mas chegar à Liga dos Campeões tem muita influência na estratégia, com ou sem Amorim, porque o clube está acima disso, lembrou o técnico leonino.
A paragem
“A equipa está bem, deu para recuperar alguns jogadores, para descansar. Outros jogadores foram para a seleção. Apenas o Inácio fez os 90 minutos no último jogo e devido ao período de recuperação e o historial deve, teve uma lesão, poderá ter de haver gestão. O resto está pronto. Tivemos um percalço com o Seba [Coates] que recuperou, o Marcus fez 2 dias de treino, também o vamos levar. O Trincão recuperámos até ao último minuto a lesão no pé e também vamos levar.
O Estrela da Amadora
Temos de levar toda a gente, sabemos que é um jogo difícil. O Estrela é sempre difícil, tem jogadores rápidos na frente. Tivemos problemas no primeiro jogo. Foi muito pela nossa colocação de alguns jogadores não vou dizer quem. Olhando para a imagem do jogo acho que vamos melhorar. Temos de ser tão fortes como fomos com o Moreirense a parar transições. Também há bola parada, há um jogador específico no Estrela que se jogar torna isso ainda mais importante. Sabemos o que temos de fazer. Voltar à mentalidade que sabemos que não podemos perder, temos de ganhar, está a acabar”.
7 jogadores em risco de suspensão por acumulação de amarelos e Pote ainda de fora
“Queremos sempre o maior número de jogadores não por serem dois dérbis mas porque são muitos jogadores que podem ficar de fora. Não sabemos qual o jogo mais importante do campeonato. Temos de jogar todos os jogos a 100 por cento. A única gestão que vamos fazer é quem está melhor para este jogo para vencer ou a parte de que já falei do Inácio, o Hjulmand fez 45 minutos… Só nesse aspecto poderemos alterar alguma coisa. Gestão de cartões amarelos… não estamos em condições disso. Pote não vai estar para este jogo, vamos fazer o máximo para que recupere na próxima semana”.
A cobiça pelos jogadores do Sporting. Afeta?
“Está tudo focado no campeonato, sabem que o mercado está fechado e só na próxima época poderá haver mudanças. Não altera nada na mentalidade dos jogadores, estão muito focados. Queremos muito ganhar títulos. Sabemos da importância dos jogos que vêm aí. Está tudo focado no que temos pela frente e não pensar na próxima época”.
A preparação da próxima época
“Este ano é mais fácil, só planeio a próxima época com o dinheiro da Liga dos Campeões. Nós enquanto clube é muito maior do que enquanto treinador, já estamos a fazer o planeamento da pré-época: onde vai ser, que jogadores podem sair, já estamos a planear o que podemos planear, de resto temos de esperar um bocadinho mais porque envolve isso da Liga dos Campeões. Está tudo a ser tratado”.
Quenda
“Quenda foi pedido pela equipa B também, pensava que era para o período todo, depois foi à seleção. Foi essa a confusão. Acreditamos muito nele, poderá estar junto da equipa principal para o ano. É muito óbvio que é um dos jogadores que olhamos como grande projeto. Devagarinho, poderá ser uma das opções para o próximo ano”.
Dérbi em Alvalade pode sentenciar a luta pelo campeonato?
“Não acho. Já vivemos isso no último título. Quando menos se espera perdemos 6 pontos em 4 jornadas. Tudo pode acontecer. Acho que este jogo do Estrela ainda é mais importante porque é um preparar para um jogo especial, diferente, pela envolvência que tem. Este é o jogo mais importante e até mais decisivo do que o do Benfica. (…)
Estamos a falar de uma vantagem de um ponto. Temos um jogo na mão, mas esse não está ganho. Se me perguntarem mais para a frente se tudo corre bem daqui a algumas semanas, poderei responder. No ano do título disse que só nós podíamos perder o campeonato. Estamos a falar de um ponto e o outro jogo ainda não foi ganho, é uma deslocação difícil. Todos podem ganhar ou perder. Quando uma equipa grande perde um campeonato, não só o adversário ganha como nós perdemos”.
A época de Fresneda
“O Ivan esteve muito tempo parado, 3 meses, veio com um problema no ombro. Tentamos tratar de outra forma. Com a adaptação do Geny, o Esgaio, são todos da mesma posição, torna difícil. Cada época tem a sua historia. Até ao final todos podem jogar, depende dos treinos, jogos, lesões. É sempre difícil entrar numa equipa grande só com treino. Faz parte da vida de um jogador.”
A mensagem para os jogadores na reta final do campeonato e antes dos dérbis
“No ano passado quando estávamos em 4.º. Se sentisse que não conseguia passar a mensagem era sinal que me tinha de afastar como treinador. Nessas fases em que é difícil passar a mensagem, há que faze-los acreditar no projeto. Sempre acreditaram. Desta vez não, estamos a 9 jornadas de podermos ser campeões, num clube que não ganha assim tantos títulos seguidos, é um aliciante grande. A mensagem está lá sempre. O mais difícil é os jogadores não pensarem tanto nisso, no que pode ou não acontecer, e pensarem na tarefa, nos jogadores que estão, a qualidade do Leo Jabá, do Ronaldo, os centrais, o facto de o Miguel Lopes poder jogar a central e depois ir para médio centro. A minha mensagem é preocupem-se com o jogo, o resto depois aparece. Nesta fase é mais fácil passar a mensagem”.