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Sérgio Conceição: “Em breve virei a público contar a verdade dos factos”

3 de Junho, 2024 por redacção

O técnico afirma ainda que “não será uma quebra de valores e traição de outros” que o farão “pôr em causa” os seus próprios “valores e palavra”. Na hora da despedida tornou púbico um comunicado de agradecimento e onde revela algumas justificações que levaram à conclusão deste processo.

Comunicado

“Hoje comuniquei a rescisão do contrato assinado com Futebol Clube do Porto – Futebol SAD a 25 de Abril deste ano, nas condições sempre anunciadas. Fechou-se com sucesso um período de 7 anos e de 11 títulos, de grandes feitos desportivos na vida do nosso clube.

Os acontecimentos recentes, nomeadamente a quebra de confiança num elemento da minha equipa técnica, a ingerência na integridade e coesão da mesma sem o meu conhecimento, deixam-me desgastado e desiludido. Sempre me regi pela frontalidade e pela lealdade.

Em breve virei a público contar a verdade dos factos, incluindo os seguintes pontos:

  • A renovação de 25 de Abril, na qual fiz questão de incluir a clausula que hoje permite sair do FC Porto, sem qualquer encargo para o clube. Foi esse o compromisso que assumi com o Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, mas sobretudo com os sócios do Futebol Clube do Porto;
  • A renovação com a restante equipa técnica, que já foi comentada pelos mesmos e que seguiu os timings comuns destes processos;
  • A demora neste processo, que esbarrou numa renitência em pôr em prática, com quem durante anos manteve o clube na hegemonia do futebol português, um discurso de integridade e transparência legitimado pelos sócios;

Foi sempre a lealdade para com este clube que me prendeu aqui. Foi também por essa mesma lealdade para com as pessoas que me acompanham aqui há mais de 30 anos e pelos sócios do Futebol Clube do Porto, que hoje tomo este passo.

Não será uma quebra de valores e traição de outros que me farão pôr em causa os meus próprios valores e a minha palavra. Tal como prometi, saio do Futebol Clube do Porto com a mesma dignidade com que entrei. Não foi por dinheiro que vim para cá, e não é com dinheiro que quero sair.

Saio sim com o sentido de dever cumprido. São 17 títulos que deixo como contributo, desde o campeonato nacional de juniores em 1991/92, até à última Taça de Portugal.

Agradeço a cada um dos nossos adeptos o apoio que sinto na pele desde os meus 16 anos, quando o meu Pai me deixou à porta do Estádio das Antas.

Agradeço também à minha equipa técnica, a todo o staff de apoio no Olival e no Dragão. A todos os jogadores que permitiram-nos festejar tantos títulos nestes 7 anos.

E sobretudo à minha família, que me ajudou a carregar o peso de ser treinador do FC Porto nos últimos 7 anos.

Para sempre, um de vós.”