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O Sporting de Braga quer evitar surpresas na segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa, após vencer os israelitas do Maccabi Petah Tikva por 2-0, em casa, frisou hoje o treinador Daniel Sousa.
A equipa minhota parte com vantagem de dois golos alcançada na passada quinta-feira, com golos de Ricardo Horta e Zalazar, mas o treinador alertou para uma eventual sensação de conforto na eliminatória.
O que pediu à equipa para este segundo jogo
“Pedi o que tinha pedido para o primeiro jogo. Um respeito grande pelo adversário, seja ele qual for, e não desvalorizar o desconhecimento que falei na primeira mão. Partir como favoritos é pouco relevante e perigoso, porque já sabemos que o futebol está cheio de surpresas e essa parte do favoritismo não é sequer chamada quando falamos de qualquer adversário, seja qual for. Partimos para este jogo com uma ambição muito grande, queremos fazer bem as coisas, queremos continuar o nosso processo. Os jogadores dentro do balneário sabem que os jogos servem para ajustar comportamentos que temos de continuamente melhorar. Foi o que fizemos com este jogo, já nos permitiu olhar para o jogo de uma forma pedagógica dentro do nosso processo de trabalho. Precisamos sempre de jogos para continuar a melhorar”.
O Braga tem a eliminatória na mão
“Não, isso é muito perigoso. Não se pode ter nada como garantido no futebol, porque há surpresas no futebol a que não queremos estar expostos. Obviamente que temos essa vantagem e essa vantagem não nos dá o conforto. Dá-nos a certeza que o que fizemos no jogo foi bom e que há coisas para melhorar. Temos de continuar precisamente esse processo porque dá-nos confiança de que estamos a seguir o caminho certo. Mas nunca o conforto de ser favoritos nem o conforto da vantagem, porque isso é muito relativo”.
No primeiro jogo o Braga aniquilou as ideias do adversário
“O adversário pode ter uma abordagem diferente ao jogo e isso pode causar algumas diferenças para o jogo de amanhã. Para a Supertaça, por exemplo, jogaram com dois médios e três avançados, contra nós jogaram só com dois avançados. Logo à partida houve diferenças do primeiro jogo oficial deles e pode haver amanhã, tendo em conta que poderão ter de correr mais riscos. Houve uma diferença que acredito que tenha sido estratégica precisamente por jogar fora. A própria abordagem desde o início de jogo foi no sentido de travar a nossa intensidade e até determinado ponto conseguiram, quebraram um bocadinho o ritmo do jogo, atrasaram o nosso golo que surgiu apenas na segunda parte e depois acabaram por ceder um bocadinho mais de espaços mas conseguimos também criar mais oportunidades”.
Terreno neutro pode tirar capacidade à equipa
“Se fôssemos nós a estar na situação deles, jogar em Braga ou não jogar não é a mesma coisa, ainda que em termos de compromisso ele tenha de ser o mesmo e não pode haver diferenças. Agora, jogar com o estádio cheio ou não isso sim é diferente. É sempre bom para qualquer jogador jogar com o estádio cheio. Se fosse numa situação inversa, o que ia pedir era que tudo fosse igual a nível de atitude e compromisso de jogo”.
Conta com Banza e André Horta
“Já sabemos como funciona o mercado, podem mexer, podem não mexer. São jogadores que fazem parte do plantel e com quem com eles”
André Horta no plantel
“Não se trata de se impor ou não como titular. Conhecemos perfeitamente as qualidades que ele tem, são facilmente identificáveis, sobretudo na qualidade de jogo e de organizar o jogo. Obviamente que qualquer treinador gostaria e no meu caso gosto de contar com as suas qualidades. Obviamente que as situações de mercado são imprevisíveis muitas vezes, a partir do momento em que começamos a pré-época, ele faz parte do plantel e parte do mesmo nível de partida em relação aos outros”.