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A lógica imperou no Estádio da Luz, onde o Benfica confirmou a presença na final da Taça de Portugal com uma nova goleada ao Tirsense, agora por 4-0, depois do 5-0 averbado na primeira mão. Confirma-se assim o regresso do dérbi eterno à final do Jamor, 29 anos depois do último confronto entre Benfica e Sporting na decisão da prova rainha do futebol nacional.
Ninguém acreditaria que o Tirsense fosse à Luz ganhar, pelo menos, por 5-0, consumando depois o apuramento no prolongamento ou nos penáltis. Por isso, o plano do treinador Emanuel Simões estava claro: mostrar a qualidade que levou esta equipa do quarto escalão do futebol português às meias-finais da Taça de Portugal, sem fazer do jogo “uma festa”, dado o palco, nem “um frete”, dado o desnível com que a eliminatória ficou logo na primeira mão. Palavras do próprio.
E assim aconteceu. Naquele que foi o seu último encontro oficial da época, a equipa de Santo Tirso bateu-se de forma honrada no imponente palco da Luz e regressa a casa com sensação de dever cumprido.
Não foi de estranhar que Bruno Lage tenha procedido a muitas alterações no onze inicial do Benfica, conservando apenas António Silva e Florentino como titulares. Dentro dessas escolhas iniciais, realce para a titularidade de Tiago Gouveia, na lateral direita, e da colocação de Belotti e Arthur Cabral lado a lado na frente de ataque.
A etapa inicial mostrou pouco Benfica. O ritmo de jogo era lento e o Tirsense percebeu que, nessa toada, teria hipóteses de poder atacar, chegando a conseguir algumas aproximações promissoras à baliza adversária, embora sem qualquer remate perigoso.
Naturalmente, o Benfica foi encostando o Tirsense para junto da sua baliza e as oportunidades de golos surgiram amiúde. O guardião visitante Tiago Gonçalves foi protagonista em diversas ocasiões. E a resistência do Tirsense prolongou-se mesmo até à última jogada da primeira parte, altura em que António Silva atirou a contar na sequência de uma jogada de insistência do ataque dos da casa. Barreiro esteve na assistência.
Com o reatamento surgiu outro Benfica, mais ligado ao jogo, e a verdade é que o Tirsense começou a sentir o “peso” físico do jogo e não voltou a aparecer junto da grande área anfitriã.
Encostando o adversário às cordas, o Benfica construiu mais uma vitória dilatada, à imagem do que sucedeu na primeira mão, em Barcelos, com golos na segunda parte de Bajrami (74′), Belotti (78′)e Leandro Barreiro (91′).
O 4-0 final, com 9-0 no acumulado da eliminatória, explica bem as diferenças entre as duas equipas, destacando-se nesta partida as estreias absolutas na equipa do Benfica de André Gomes, João Veloso e Hugo Félix.