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O Boavista não meteu um autocarro à frente da baliza para tentar travar o Sporting e por isso Gyokeres não teve dificuldades em desfazer a defesa boavisteira e contribuir largamente para a goleada de 5-0 do Sporting, com quatro golos.
Sabendo da vitória do Benfica momentos antes, o Sporting sabia que era necessária uma resposta forte, e começou cedo a dá-la, quando aos dois minutos Trincão rematou rasteiro para grande defesa de Vaclík com o pé, materializando-a aos seis, quando numa jogada de insistência Maxi Araújo recuperou junto à área boavisteira e cruzou para Gyokeres aparecer de rompante a rematar ao primeiro poste. No primeiro ataque digno desse nome, o Boavista esteve perto de empatar, quando um canto foi cruzado largo para o segundo poste e Reisinho, isolado, cabeceou barra.
Gyokeres estava apostado em fazer mais uma exibição de gala e aos 12′, após um cruzamento em esforço de Maxi Araújo rematou de bicicleta para grande defesa de Vaclík a dois tempos, à medida que o Sporting continuava muito pressionante. Aos 16′ Trincão rematou à figura do guarda-redes e aos 18′ esteve à vista o bis de Gyokeres, só que após isolar-se sentiu a pressão de Fogning e perdeu o controlo da bola, permitindo aa intervenção de Vaclík. À passagem dos 20 minutos o Boavista parecia querer mostrar mais qualquer coisa, conseguindo trocar a bola durante períodos mais prolongados, e aos 25′ valeu o bom posicionamento de Quaresma, que na área bloqueou com o tronco o remate de Joel Silva.
Mais uma boa combinação do ataque leonino, aos 32′, terminou com o passe de Trincão para o coração da área e Gyokeres a antecipar-se ao marcador direto, só que o cabeceamento saiu ao lado, muito perto do poste. O sueco tanto ameaçou que acabou mesmo por voltar a marcar, nos descontos do intervalo, num lance tão típico do Sporting quanto do avançado: recuperação dos Leões, transição rápida com a bola colocada em Gyokeres e o Nº9 a arrancar veloz, fletir para o meio e passar por Abascal antes de desferir um remata forte e sem hipóteses (46′).
Ao intervalo, Rui Borges trocou Pedro Gonçalves por Quenda e o jovem extremo quase começou da melhor maneira, num remate cruzado para boa defesa de Vaclík (48′). Mais certeiro foi Gyokeres, que aos 50′ completou o ‘hat-trick’, o segundo consecutivo no campeonato, na sequência de um lance por si iniciado, com uma recuperação de bola, combinação e desmarcação, entrando na área, aguentando a pressão e rematando por entre as pernas do guardião. E mesmo quando não marca, o Nº9 está sempre ligado ao golo, como foi o caso do 4-0, em que aproveitou uma escorregadela de Kakay, isolou-se e rematou para grande defesa de Vaclík, que depois nada conseguiu fazer perante a recarga de Maxi Araújo.
Entretanto, do lado boavisteiro, Bozeník tinha entrado para tentar incomodar a até então tranquila defesa leonina e aos 60′ o avançado ganhou no ar a Diomande mas cabeceou por cima, enquanto na área contrária outra defesa de Vaclík com o pé negou o golo a Geny (68′). Já com Morita de regresso à ação, Gyokeres continuava a só ver baliza à frente, e aos 73′ isola-se no limite do fora-de-jogo e remata para grande defesa de Vaclík. Mas o ás de trunfo do Sporting não iria ficar sem o seu poker, que apareceu já nos descontos, encostando à boca da baliza o passe de Harder, depois de uma boa jogada envolvente do Sporting.
O resultado permite ao Sporting não deixar fugir o Benfica no topo da tabela e também não perder o controlo da diferença de golos, que pode vir a ser um fator decisivo para definir o campeão se os dois rivais de Lisboa se mantiverem em igualdade pontual. Já o Boavista continua aflito na luta pela manutenção, só não sendo pior porque Farense e AVS também perderam.