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Após uma boa primeira parte, com golos, o Benfica tremeu na segunda com o tento do Estoril mas não caiu, tendo ainda a agradecer a Trubin o penálti defendido na vitória por 2-1.
Com a corrida na luta pelo título a apertar à medida que se aproxima o fim, o Benfica sabia que era imperioso não perder pontos no último jogo antes de receber o Sporting. E tratou de começar a tentar resolver a questão do vencedor cedo. Logo aos cinco minutos, roubo de bola, transição rápida de Amdouni e passe a isolar Aursnes, que rematou para grande defesa de Robles a ceder canto. Faltou frieza ao norueguês para contornar o muro que foi o guardião espanhol mas dois minutos depois mostrou-a. Passe desde a defesa, Pavlidis domina junto à linha de meio-campo e toca para Aktürkoglu, que deixa o compatriota Kokçü livre pela esquerda e este passa para o centro, onde o Nº8 remata por entre as pernas de Robles.
O arranque desejado por parte do Benfica levou depois a um período de acalmia, com as Águias a tentarem chamar os anfitriões para estes se desposicionarem mas a não terem a resposta pretendida. Aos 21′, boa combinação de Pavlidis com Amdouni, com o suíço, no lugar do recuperado Di María, a deixar em Kokçü, que em zona frontal vê um defesa desviar para canto o seu remate. A primeira tentativa do Estoril aconteceu aos 28′, mas o remate cruzado de André saiu fraco e ao lado. O Benfica atacava pela certa, em transições ou ataques rápidos, mas foi através de um lance de bola parada que dilatou a vantagem: aos 35′, livre lateral de Dahl e bola para a zona do segundo poste, onde Otamendi aproveitou uma hesitação de Robles e cabeceou certeiro.
O reinício de jogo foi fraco de parte a parte e do lado do Benfica de notar a saída por lesão de Amdouni. O seu substituto, Schjelderup, tentou agitar as águas, mas a equipa estava demasiado relaxada. E do nada, aos 64′, penálti para o Estoril, por falta de Otamendi sobre Begraoui após uma perda de bola na saída para o ataque. Na cobrança, o marroquino permitiu a defesa de Trubin e na recarga Zanocelo acertou na barra.
Aos 75′ o recém-entrado Marquès entrou na área, perdeu-se em fintas e desperdiçou uma boa ocasião para rematar e marcar, permitindo o corte de Aursnes. O aviso não foi suficientemente forte, o Benfica continuou a mostrar pouco no ataque e no lance de perigo seguinte o Estoril marcou mesmo, quando um belo cruzamento de Guitane foi correspondido por Zanocelo, que com uma impulsão incrível ganhou nas alturas e fez a bola entrar junto à base do poste, com Trubin ainda a tocar (78′).
Sentindo o perigo de perder importantes pontos, o Benfica tentou responder logo de seguida, mas o remate de Kokçü à entrada da área saiu por cima. Mesmo reduzindo, o Estoril não conseguiu capitalizar, destacando-se apenas um remate de Marquès ao lado, e aos 86′ Robles voltou a ver o perigo rondar a sua área, com Barreiro a desmarcar-se, falhar o remate, a bola sobrar para Belotti, que caiu, a bola voltou ao luxemburguês, que de ângulo apertado não acertou na baliza (86′). Neste lance o Benfica ficou a pedir falta de Pedro Amaral e penálti sobre Belotti, mas João Gonçalves e o VAR assim não entenderam.
O Benfica aguentou a vantagem mínima e vai chegar na liderança ao dérbi da próxima jornada, em casa, pelo menos em igualdade pontual com o Sporting, que só entra em campo no domingo.