13 golos. Foi este o número de golos marcados nas duas mãos das meias-finais da Liga dos Campeões entre Barcelona e Inter, que terminou com a equipa nerazzurri a preencher a primeira vaga na final europeia que se vai disputar em Munique.

Depois do 3-3 da 1.ª mão há uma semana em Montjuic, certamente ninguém esperava um segundo jogo ainda melhor com emoção até ao fim.

Comecemos pelo início. O Barcelona parecia querer resolver o jogo cedo, mas encontrou um adversário a fechar bem os espaços, organizado e à espera da oportunidade para atacar. Não foi por isso de estranhar que depois de uma recuperação no corredor central, Dimarco abriu em Dumfries que tocou para o lado e ofereceu o golo a Lautaro Martínez. O argentino não desperdiçou e abriu o marcador aos 21 minutos.

O Barcelona acusou o golo, tentou responder com remates de meia-distância, mas todos eles muito desviados da baliza de Sommer. Já os remates de fora da área de Mkhitaryan e Çalhanaglou saíram mais perto do alvo, mas foi aos 42′ que surgiu a segunda jogada mais importante do primeiro tempo. Lautaro foi travado por Cubarsí dentro da área, o árbitro deixou o jogo seguir, mas alertado pelo VAR foi ver as imagens e assinalou uma grande penalidade. Çalhanaglou chamado a bater não falhou e levou a equipa a vencer por 2-0 para o intervalo.

Para o segundo tempo, nenhum dos treinadores mexeu, mas o Barcelona parecia uma equipa renovada no regresso dos balneários. Se aos 52′ o festejo dos adeptos da casa não contou, Acerbi estava em fora de jogo e o golo foi anulado, dois minutos depois o êxtase dos visitantes era justificado. Um cruzamento de Gerard Martín na esquerda encontrou Eric García, remate de primeira e sem deixar a bola cair, atirou ao ângulo e relançou a eliminatória.

O Inter não se ficou e na jogada seguinte Szczęsny travou com muita dificuldade um remate de Barella. Sommer respondeu na mesma moeda aos 57′, enorme defesa a negar o bis de Eric García, mas à passagem da hora de jogo o suíço não conseguiu evitar o 2-2 de Dani Olmo.

Aos 68′ o árbitro deu penálti para o Barcelona, pelo derrube de Mkhitaryan a Yamal, mas depois de ouvir o VAR reverteu a decisão, a falta existiu mas fora da área. Yamal continuou a mostrar a sua qualidade no relvado do Giuseppe Meazza, aos 77′ obrigou Sommer a voar para travar o seu remate. Duelo intenso entre ambos, levou a melhor o guarda-redes que fez uma grande exibição esta noite.

Com a eliminatória empatada a 5 golos, e quando todos pensava já no prolongamento, Raphinha recebeu o passe de Pedri e atirou de pé esquerdo para defesa de Sommer, a bola sobrou novamente para o brasileiro que à segunda, e com o pé direito, fez o golo da ‘remontada’. O remate de Yamal ao poste aos 92′ parecia confirmar que seria a equipa blaugrana a sorrir, mas no minuto seguinte, após um cruzamento de Dumfries, Acerbi ao primeiro poste desviou de forma subtil e fez novo empate, adiando a decisão para o prolongamento.

Na 1.ª parte do prolongamento, já ia faltando algum discernimento, mas num lance que começou num pontapé de baliza de Sommer, Taremi amorteceu de cabeça para Thuram, o francês conseguiu libertar-se da pressão de Ronald Araujo e devolver para o meio onde aos Frattesi apareceu a disparar para dentro da baliza. Nova cambalhota no marcador e loucura nas bancadas. Dez minutos depois Frattesi podia ter bisado, não fosse a excelente defesa de Szczęsny. Aos 114′ e 116′, os dois últimos duelos entre Yamal e Sommer, duas grandes defesas do internacional suíço que permitiu assim que após o apito final o Inter festejasse o apuramento para a final da liga milionária.

O Inter vai disputar a sua sétima final europeia, que terá lugar em Munique, há 15 anos conseguiu o mesmo feito, na altura o treinador era José Mourinho e o adversário derrotado foi também o Barcelona. Resta agora saber quem se juntará, PSG ou Arsenal.