Perante condições meteorológicas adversas, propícias às escorregadelas, o Benfica vestiu o fato-macaco e não deu hipóteses ao Lusitânia, conseguindo um triunfo convincente por 4-1 e com golos de belo efeito.

Como seria de esperar frente a um adversário do quarto escalão, o Benfica apresentou-se com várias alterações ao onze-base, mas nem por isso o menosprezando, como o prova a presença de alguns habituais titulares. As ‘águias’ começaram fortes, pressionando e jogando no meio-campo açoriano, e logo aos dois minutos Rafa rematou para boa defesa de Diogo Sá com o pé. Aos 9′ surgiu o primeiro golo, com João Mário a atirar para defesa do guardião e no seguimento da jogada Aursnes a cruzar para o Nº20, que com um audaz toque de calcanhar colocou a boa no fundo das redes. Dois minutos depois, Tengstedt cabeceou ao lado com perigo.

O Lusitânia só se mostrou no ataque aos 24 minutos, num remate de longe de Gonçalo Cabral que obrigou Samuel Soares a estirar-se junto ao relvado para agarrar. No entanto, e quando os anfitriões começavam a dar alguns sinais de retoma, surgiu o 2-0, num passe a rasgar de Chiquinho que isolou Rafa e este, à saída do guarda-redes, desta vez não perdoou (36′). Os anfitriões voltaram a ser ousados e aos 42′ novamente Gonçalo Cabral em destaque, também num remate de longe, mas agora para defesa mais complicada de Samuel Soares, desviando a bola junto à barra. No minuto seguinte, na sequência de um canto, penálti para a equipa da casa, por falta de Aursnes sobre Cabral. Na conversão do castigo máximo, Enzo Ferrara rematou colocado junto à malha lateral.

Talvez já a pensar no compromisso europeu na terça-feira, Roger Schmidt fez alterações ao intervalo, colocando Gonçalo Guedes e Jurásek, e o extremo revelou-se importante, dando ainda mais dinâmica ao ataque, rematando para defesa atenta de Diogo Sá aos 54′. Aos 60′, um contra-ataque rápido terminou com João Neves a rematar à entrada da área e ficando a centímetros do alvo. Com o Lusitânia a acusar algum cansaço acabou por surgir o golo da tranquilidade, num passe para o ataque cortado por Chiquinho e a bola a sobrar para Gonçalo Guedes que de pronto isolou Arthur Cabral, o brasileiro a picar a bola por cima do guarda-redes para a sua estreia a marcar pelo clube (68′).

Gonçalo Guedes continuava de olhos postos na baliza mas não foi feliz, com dois golos anulados devido a fora-de-jogo aos 72′, e aos 85′ por falta sobre um adversário quando do cabeceamento. No final, acabou por ser outro suplente a dar nas vistas. Já depois de ter obrigado Diogo Sá a uma grande defesa aos 85 minutos, Tiago Gouveia selou o resultado final num lance de classe, recebendo um passe junto à linha de meio-campo, ultrapassando um defesa em velocidade e picando a bola por cima do guarda-redes.

A equipa de Roger Schmidt segue para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, junta-se ao SC Braga que ontem venceu o Rebordosa.