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Rúben Amorim fez esta segunda-feira a antevisão do embate diante do Benfica, relativo à segunda-mão das meias-finais da Taça de Portugal.
Apesar da vantagem trazida do jogo em Alvalade, o técnico sublinha que o leões vão entrar na Luz para vencer, num jogo onde já poderão contar com o capitão Sebastián Coates, mas não com Adán nem Pedro Gonçalves.
Terceiro dérbi da época
“O resultado da primeira mão não terá influência antes do jogo, poderá ter depois do jogo. Temos de saber lidar com tudo o que entra numa eliminatória. O jogo tem de ser preparado para vencer, como é óbvio. Não vou abrir o jogo. A nossa forma de jogar é muito clara, as nossas ideias são claras. O que dificulta a preparação é saber as caraterísticas dos jogadores que vamos enfrentar, porque o Benfica tem trocado as caraterísticas dos avançados, até o Rafa já jogou na frente. Se joga João Mário, Neres, Florentino… Não controlamos esses pormenores, mas estamos preparados. Sabemos da importância e queremos muito estar na final. É um objetivo há algum tempo, queremos muito vencer.”
Os últimos embates com o Benfica
“Temos que avaliar jogo a jogo. Lembrar que no primeiro desses quatro jogos empatámos na Luz 2-2 quando estávamos em 4.º lugar e o Benfica estava lançado e melhor do que nós. Depois houve o tal jogo onde, se perdessemos, o Benfica era campeão. Fizemos 1.ª parte muito boa, na 2.ª parte baixámos e o Benfica esteve melhor. Depois o jogo da Luz, história completamente diferente. Não trememos nada, simplesmente levámos dois golos nos descontos quando estivemos uma parte inteira a jogar com menos um. Na Taça tivemos oportunidade de fazer mais golos, mas sofremos um num grande cruzamento do Di María. Benfica não tomou conta do jogo, marcou um golo e na jogada a seguir marca outro [anulado]. Não tivemos tempo para sentir a pressão. Podemos ver que só ganhámos um mas também só perdemos um, o que revela muita igualdade. O que queremos é passar a eliminatória, vencer e melhorar nesses aspetos”
Vantagem na eliminatória
“Por isso é que gostamos de levar vantagem para o segundo jogo, temos mais um golo. Permite-nos estar sempre dentro do jogo. Não quero que os jogadores pensem nisso, mas, com o desenrolar da eliminatória, é um ponto de vantagem. Espero um Benfica da mesma maneira, porque, nestes jogos, os clubes têm sempre de ganhar e ir para cima do adversário. Estamos melhor e podemos ser melhores neste tipo de jogos”
Escolhas para as alas
“Não vou dizer. Fizemos um onze a pensar, principalmente, na forma como jogamos, no encaixe com o adversário e em como retirar referências. O foco foi na nossa equipa. Não vou dizer quem vai jogar. É uma possibilidade, como outras”
Regressos e ausências
“O Coates já vai ser convocado, o Antonio [Adán] continua de fora… E o Pote está de fora. Ainda não vai a jogo.”
Quando regressa Pedro Gonçalves?
“Têm de esperar para ter assunto para a próxima conferência de imprensa. Eu acho que sim, ele acha que sim… Ele até achava que podia jogar este jogo, o que não faz sentido nenhum. É bom sinal. Ele quer muito jogar. Temos de fazer uma reavaliação e não vamos arriscar o Pedro Gonçalves por um jogo, porque temos jogadores para jogar”
Gestão do plantel
“Vamos jogar na máxima força. Faremos algumas alterações de acordo com as caraterísticas dos jogadores e daquilo que queremos para o jogo. Às vezes, queremos coisas diferentes. É uma eliminatória com um jogo passado, e, depois, temos um jogo muito importante para o campeonato. Fazemos a gestão normal”
Bragança ou Hjulmand?
“O Dani teve um crescimento muito grande. O Koba também é opção, mas o Dani elevou o seu jogo para mais perto do rendimento que o Morita e o Hjulmand tiveram durante toda a época, portanto… Sendo pé esquerdo, dá-nos mais opções para imaginarmos o jogo de outra forma. Mérito do Dani. Não vou dar nada do que vamos apresentar, mas é uma opção. Posso dizer que dois dos três podem ser titulares”
Dois dérbis na mesma semana
“É um jogo de cada vez, sabendo que o primeiro tem sempre influência no segundo. Não vale a pena pensar o segundo se o primeiro tem tanta importância na parte mental e na preparação. Sendo jogos tão seguidos, o dia seguinte é muito importante na recuperação. O principal é não fazer nada de diferentes. O vídeo tem a mesma duração, não há mais nem menos treino. Mantemos o máximo de normalidade, porque, na cabeça dos jogadores e dos adeptos, estão dois jogos muito importantes, mas preparamos um de cada vez, sabendo muito bem o que fazer em cada um, porque isso descontrai a equipa. Quando toda a gente sabe os movimentos que tem de fazer e o que pode aparecer, ajuda”
Leões em bloco baixo?
“Não somos equipa para isso. Somos um clube grande, que tem de perceber o momento do jogo, mas não sabemos jogar de outra forma. Já tivemos mais dificuldade a defender em bloco baixo, este ano, do que em pressão alta. Quando passamos muito tempo em bloco baixo, e se deixarmos o Benfica durante muito tempo com Di María, Rafa, João Mário e Neres perto da baliza, é mais perigoso. Vamos tentar ter bola, mas temos de pressionar. Não é pressionar por pressionar, mas temos de estar longe da nossa baliza. Temos de nos preocupar com a velocidade do Rafa, que é o jogador com mais qualidade e capacidade física na profundidade. A grande mais valia do Benfica é quando pressiona os adversários. Temos de fazer o contrário e empurrar o máximo o Benfica para a frente. O Rafa, quanto a mim, é preponderante para o Benfica”