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Num dérbi emotivo e com uma segunda parte frenética, o Sporting segurou a vantagem da primeira mão e apurou-se para a final da Taça de Portugal, empatando a dois golos na casa do Benfica, muito graças a defesas brilhantes de Israel.
Em desvantagem na eliminatória, cabia ao Benfica correr atrás do prejuízo, mas curiosamente o primeiro lance de perigo foi do Sporting, quando aos sete minutos um canto sobrou para Gyokeres ao segundo poste, que colocou à boca da baliza para cabeceamento por cima de Hjulmand. Esse lance lembrou ainda mais o Benfica da sua tarefa e a partir daí as ‘águias’ mostraram uma intensidade raramente vista esta época. Dois minutos depois, o slalom de Di María terminou com um passe a desmarcar Rafa, que de ângulo um pouco apertado rematou torto. Logo a seguir, uma série de ressaltos termina com Bah a servir Rafa para encosto para o fundo das redes, só que o lance é anulado por fora-de-jogo do Nº27 no início da jogada.
Aos 16′, novamente num lance conduzido pelo argentino, a bola ressalta para Tengstedt, que pica por cima do guardião Israel mas acerta na barra. Forte na recuperação e a ganhar entusiasmo, aos 20′ os anfitriões voltaram a criar perigo, desta vez com Di María como protagonista, aparecendo ao segundo poste para finalizar de primeira o cruzamento de Aursnes mas Israel respondeu com uma grande defesa. Pressionado e longe de jogar como gosta, o Sporting conseguiu sacudir um pouco a pressão aos 28′, com um remate de longe de Trincão para defesa segura, naquele que foi o último lance digno de registo no primeiro período.
Para a segunda parte, Rúben Amorim fez três substituições de uma assentada, e isso deu frutos. Logo aos 47′, um dos suplentes, St. Juste, lançou longo para Gyokeres na direita e este serviu Hjulmand na cabeça da área para um remate colocado ao ângulo. Os nórdicos a gelarem a Luz. Mas a vantagem não durou muito tempo, pois aos 52′ David Neres cruzou largo para o segundo poste onde apareceu Otamendi a cabecear certeiro. O jogo estava entusiasmante e faltou pouco até surgir novo golo. E outra vez com o Sporting a adiantar-se no marcador, com Geny Catamo, também entrado na segunda parte, a passar para a área e Trubin a tentar desviar mas a deixar a bola à mercê de Paulinho, que se limitou a encostar.
Depois de uma primeira parte em que foi tímido, o Sporting começava agora a mostrar a sua fibra e aos 63′, num raro erro de João Neves, Gyokeres recupera a bola e embarca numa jogada individual que termina com um remate forte ao poste, com Trubin sem reação. Após este calafrio, o melhor que podia acontecer ao Benfica era empatar e fê-lo no minuto seguinte, com Neres a tocar de calcanhar para Bah e este a cruzar para encosto fácil de Rafa.
Entusiasmado, o Benfica manteve a pressão e aos 72′ o remate em arco de Di María levava selo de golo, mas Israel voltou a frustrar o argentino, voando para desviar. Após alguma acalmia, foi nos últimos dez minutos que o jogo voltou a ganhar interesse. Aos 84′, combinação entre Gyokeres e Paulinho termina com remate rasteiro do português para grande defesa de Trubin e segundos depois Florentino atira de muito longe e faz a bola passar a centímetros do poste. Até final, o Benfica bombeou bolas para a área, e num desses lances, aos 86′, o recém-entrado Tiago Gouveia falhou por pouco a emenda ao segundo poste após cruzamento de Di María, com a dupla novamente em ação aos 89′, o Nº11 a cruzar de letra e o jovem luso a cabecear por cima.
Desta forma, os ‘leões’ regressam à final da competição após cinco anos de ausência, sendo que em 2019 conquistaram o título. Já o jejum do Benfica prossegue, cifrando-se agora em sete épocas. Segue-se o dérbi para o campeonato, no Sábado, em Alvalade, também ele crucial para as aspirações de ambas as equipas.