Frente a um adversário bem organizado e apresentando menos fulgor ofensivo que o habitual, mesmo assim o Sporting venceu o Casa Pia, por 2-0, graças à qualidade individual dos seus melhores jogadores.

O facto de o primeiro lance de perigo ter sido logo aos dois minutos, e para o Casa Pia, foi o prenúncio de algumas dificuldades para os Leões, com Svensson a romper pela esquerda e a rematar à figura de Israel, que sacudiu a bola. O Sporting pegou na batuta do jogo como é habitual mas só respondeu aos 15′, num livre de Araújo que passou perto do ângulo superior.

No entanto, e apesar de a partir dos 25 minutos os anfitriões terem montado um autêntico cerco à área contrária, o Casa Pia conseguia travar os Leões, não dado muito espaço e estando bastante compacto na defesa, sendo que, estranhamente, o Sporting falhava muitas vezes o passe final e o sempre perigoso Gyokeres estava a ser marcado de forma exímia. O perigo voltou a rondar a área casapiana aos 30′, quando Harder ganhou espaço à entrada da área e rematou em jeito, fazendo a bola passar muito perto do poste.

Perante uma defesa tão trancada, foi a magia de Trincão a abrir a porta para o golo, quando aos 39′ passou por três adversários e atrasou para a entrada da área, onde apareceu Daniel Bragança a faturar pelo terceiro jogo seguido.

Mesmo a dominar, ao intervalo Rúben Amorim trocou Harder por Morita, e a alteração quase deu frutos quando o japonês, após um ressalto, apareceu isolado mas atirou para defesa de Sequeira. Aos 64′, numa das raras ocasiões em que se conseguiu soltar da marcação, Gyokeres rematou de fora da área mas para defesa fácil e logo de seguida, aos 66′, grande remate de Trincão que ainda roçou na barra. A precisar de mostrar muito mais para discutir o resultado, Pablo Roberto tentou espevitar os visitantes e aos 68′ rompeu pela esquerda em jogada individual e rematou de ângulo apertado para defesa de Israel.

Apesar do domínio, o Sporting sentia que o jogo não estava seguro e continuava em busca do crucial 2-0, que voltou a estar perto com intervenção de Trincão, mas o cabeceamento do extremo ao segundo poste embateu com perigo na malha lateral (74′). A tranquilidade finalmente chegou aos 78′, quando Gyokeres mostrou agilidade ao receber de costas e fugir a Kluivert, sofrendo depois falta do neerlandês. Na conversão do castigo máximo, aos 80′, quebrou o jejum de dois jogos sem marcar e confirmou a conquista dos três pontos.