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Liga Betclic: Mais uma lição de Amorim na despedida

10 de Novembro, 2024 por redacção

No último jogo de Rúben Amorim como treinador do Sporting, mais uma vitória com dedo de treinador, com as substituições operadas na segunda parte a permitirem aos Leões darem a volta a uma desvantagem de 2-0 para vencer por 4-2 em Braga.

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No jogo de despedida de Rúben Amorim, no local onde tudo começou para o treinador, foi o o seu homólogo, Carlos Carvalhal, a querer roubar protagonismo, com uma tática alterada, idêntica à dos Leões, e um onze ofensivo.

Os anfitriões começaram bem e o primeiro sinal de perigo foi dado aos 11′, numa diagonal de Bruma que termina com remate cruzado para defesa atenta de Israel. Com o Sporting a tentar pegar no jogo, o golo surgiu na baliza leonina, aos 20′. Roger cruzou para a área, El Ouazzani desviou para o segundo poste e Quenda cortou perante a pressão de Martínez. No entanto, a bola sobrou para Debast e este, na tentativa de aliviar para longe, atirou contra Ricardo Horta, que depois ficou com a baliza à mercê e atirou a contar.

A tática bracarense ia funcionando, emperrando a habitual bem oleada manobra ofensiva do Sporting, com Bruma em evidência, partindo da esquerda mas aparecendo várias vezes no meio a confundir marcações. Aos 25′, contrariedade para os Leões, com a saída por lesão de Pedro Gonçalves, entrando Geny. O Braga estava muito bem a fechar espaços e intenso na pressão, o que fez com que só aos 43 minutos o Sporting tivesse a primeira situação de perigo, com Gyokeres a desmarcar Maxi Araújo na área e este a rematar forte à malha lateral.

No entanto, à beira do intervalo, novo rude golpe para o campeão nacional. João Moutinho recuperou a bola a meio-campo e de pronto lançou Bruma, que temporizou até à chegada de Ricardo Horta, que com Israel pela frente rematou para defesa com o pé do uruguaio, só que a bola subiu e caiu a pingar na baliza, de nada valendo a intervenção de Daniel Bragança (45′).

O intervalo acabou por ser bom conselheiro para o Sporting, que desde cedo se mostrou mais pressionante e dinâmico, ameaçando primeiro num passe a rasgar de Quenda para Gyokeres ao qual o guarda-redes Matheus se antecipou (51′). Ao intervalo Rúben Amorim começou a mexer, com a entrada de St. Juste, e voltou a mudar aos 56′, com as entradas de Morita e Harder.

As alterações começaram a dar frutos pouco depois, aos 58′, quando um canto foi cabeceado por St. Juste contra o poste e Morita faturou na recarga. Dois minutos volvidos e Gyokeres, sempre muito marcado em cima, quase marcou, falhando o encosto à boca da baliza por centímetros. Logo a seguir Carvalhal refrescou a equipa mas o Braga foi progressivamente sendo empurrado para o seu meio-campo, pouco conseguindo sair para o ataque, enquanto a pressão leonina se tornava sufocante.

Aos 72′ Geny testou a atenção de Matheus, mas o brasileiro respondeu com uma excelente estirada, desviando o remate com selo de golo. No entanto, o mesmo não aconteceu aos 81′, quando Gonçalo Inácio, outro suplente, progrediu no terreno e serviu Hjulmand para um remate de longe portentoso que fez o empate. Se a inspiração dos avançados tinha faltado até então, cabendo a médios marcarem, ela apareceu perto do fim, e não foi pelo habitual Gyokeres mas sim pelo aprendiz Harder, que com o pé esquerdo e em remates de fora da área consumou a reviravolta, aos 89 e 94 minutos.

Desta forma, os Leões deram mais uma mostra de força e assistem ao clássico que se segue, entre Benfica e FC Porto, no conforto de uma liderança folgada e que pode deixá-lo ainda mais afastado dos rivais.