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No último jogo de Rúben Amorim como treinador do Sporting, mais uma vitória com dedo de treinador, com as substituições operadas na segunda parte a permitirem aos Leões darem a volta a uma desvantagem de 2-0 para vencer por 4-2 em Braga.
No jogo de despedida de Rúben Amorim, no local onde tudo começou para o treinador, foi o o seu homólogo, Carlos Carvalhal, a querer roubar protagonismo, com uma tática alterada, idêntica à dos Leões, e um onze ofensivo.
Os anfitriões começaram bem e o primeiro sinal de perigo foi dado aos 11′, numa diagonal de Bruma que termina com remate cruzado para defesa atenta de Israel. Com o Sporting a tentar pegar no jogo, o golo surgiu na baliza leonina, aos 20′. Roger cruzou para a área, El Ouazzani desviou para o segundo poste e Quenda cortou perante a pressão de Martínez. No entanto, a bola sobrou para Debast e este, na tentativa de aliviar para longe, atirou contra Ricardo Horta, que depois ficou com a baliza à mercê e atirou a contar.
A tática bracarense ia funcionando, emperrando a habitual bem oleada manobra ofensiva do Sporting, com Bruma em evidência, partindo da esquerda mas aparecendo várias vezes no meio a confundir marcações. Aos 25′, contrariedade para os Leões, com a saída por lesão de Pedro Gonçalves, entrando Geny. O Braga estava muito bem a fechar espaços e intenso na pressão, o que fez com que só aos 43 minutos o Sporting tivesse a primeira situação de perigo, com Gyokeres a desmarcar Maxi Araújo na área e este a rematar forte à malha lateral.
No entanto, à beira do intervalo, novo rude golpe para o campeão nacional. João Moutinho recuperou a bola a meio-campo e de pronto lançou Bruma, que temporizou até à chegada de Ricardo Horta, que com Israel pela frente rematou para defesa com o pé do uruguaio, só que a bola subiu e caiu a pingar na baliza, de nada valendo a intervenção de Daniel Bragança (45′).
O intervalo acabou por ser bom conselheiro para o Sporting, que desde cedo se mostrou mais pressionante e dinâmico, ameaçando primeiro num passe a rasgar de Quenda para Gyokeres ao qual o guarda-redes Matheus se antecipou (51′). Ao intervalo Rúben Amorim começou a mexer, com a entrada de St. Juste, e voltou a mudar aos 56′, com as entradas de Morita e Harder.
As alterações começaram a dar frutos pouco depois, aos 58′, quando um canto foi cabeceado por St. Juste contra o poste e Morita faturou na recarga. Dois minutos volvidos e Gyokeres, sempre muito marcado em cima, quase marcou, falhando o encosto à boca da baliza por centímetros. Logo a seguir Carvalhal refrescou a equipa mas o Braga foi progressivamente sendo empurrado para o seu meio-campo, pouco conseguindo sair para o ataque, enquanto a pressão leonina se tornava sufocante.
Aos 72′ Geny testou a atenção de Matheus, mas o brasileiro respondeu com uma excelente estirada, desviando o remate com selo de golo. No entanto, o mesmo não aconteceu aos 81′, quando Gonçalo Inácio, outro suplente, progrediu no terreno e serviu Hjulmand para um remate de longe portentoso que fez o empate. Se a inspiração dos avançados tinha faltado até então, cabendo a médios marcarem, ela apareceu perto do fim, e não foi pelo habitual Gyokeres mas sim pelo aprendiz Harder, que com o pé esquerdo e em remates de fora da área consumou a reviravolta, aos 89 e 94 minutos.
Desta forma, os Leões deram mais uma mostra de força e assistem ao clássico que se segue, entre Benfica e FC Porto, no conforto de uma liderança folgada e que pode deixá-lo ainda mais afastado dos rivais.