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O Benfica aproximou-se do segundo lugar após golear o FC Porto por 4-1 num clássico em que o azul que se destacou foi o de jogadores argentinos, com Di María em destaque, graças a um bis.
Ambas as equipas entraram em campo pressionadas, pelo atraso em relação ao líder Sporting, pela vitória dos Leões momentos antes e também pelo desaire europeu durante a semana. O primeiro lance de perigo pertenceu aos Dragões, com Galeno a fazer a habitual movimentação de fletir para o meio e a rematar, com a bola a passar perto da barra.
A resposta encarnada surgir através de Di María, que aos 16′ atirou de longe para defesa fácil de Diogo Costa e aos 18′ desmarcou-se para receber o passe de Pavlidis e rematar ao lado com perigo. Aos 19′ Pavlidis atirou para dentro da baliza portista, mas João Pinheiro já tinha interrompido o lance para assinalar a falta ofensiva de Alan Varela sobre Akturkoglu. Muitos protestos dos encarnados, perante a decisão do árbitro em não dar a lei da vantagem e interromper uma jogada promissora que culminou num golo que não contou. O ascendente dos anfitriões prosseguiu aos 21′, com o livre direto de Kokcu ao qual Diogo Costa respondeu com uma estirada vistosa e vital. A pressão deu resultado aos 30 minutos, quando Tomás Araújo passou de trivela para a esquerda, onde Carreras recebeu, fletiu e rematou com o pior pé para o fundo das redes.
Entusiasmadas, as Águias continuaram a atacar e aos 32′ o segundo golo esteve perto, numa arrancada de Akturkoglu que teve um corte pelo meio e deixou a bola novamente no turco, que rematou para defesa de Diogo Costa, que também travou a recarga de Di María à queima-roupa e emenda final de Kokcu. O lance acabaria por ser interrompido por fora de jogo, mas fica na retina a intervenção do guarda-redes portista. Aos 40′, passe longo para Pavlidis, que recebeu e armou logo o remate, que embateu no poste. O Benfica estava mais perto do 2-0 mas o que aconteceu foi o 1-1, já que à beira do intervalo um desentendimento entre Otamendi e Trubin terminou com a bola a passar entre os dois e a ficar para Samu, que só teve de encostar.
O empate à beira do intervalo podia servir para intranquilizar o Benfica e galvanizar o FC Porto, mas o que se viu no início da segunda parte foi a equipa da casa a assumir o jogo. Após Aursnes (48′) e Di María (50′) ameaçarem, a dupla combinou aos 56′ para o 2-1, com uma transição rápida iniciada na recuperação de Akturkoglu, passe para Aursnes e finalização com remate em jeito do argentino na cara de Diogo Costa. Vítor Bruno mexeu no FC Porto, com as entradas de Pepê e João Mário, e aos 59′ Fábio Vieira rematou forte à entrada da área, à figura de Trubin.
Mas o Benfica estava incisivo na forma de atacar e aos 61′ novamente Tomás Araújo a ser influente, com um passe a rasgar para Bah, que cruzou para a pequena área, onde o argentino Nehuén Pérez tentou o corte no duelo com Pavlidis mas acabou por fazer autogolo. O FC Porto estava atordoado e tinha dificuldades em aproximar-se da área encarnada, e nem a entrada de Namaso e a passagem de Galeno para lateral esquerdo mudou isso. A cereja no topo do bolo que foi a exibição encarnada aconteceu aos 80 minutos, quando Otamendi se preparava para cabecear um cruzamento perigoso e foi pontapeado na cara pelo compatriota Alan Varela. Na conversão do castigo máximo, Di María não perdoou e fez o bis.
As Águias estão agora a dois pontos dos Dragões e com um jogo a menos, numa partida em que também o Sporting teve motivos para sorrir, pois dilatou a vantagem em relação ao conjunto portista.