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Liga Betclic: FC Porto empata antes do Clássico

3 de Fevereiro, 2025 por redacção

O FC Porto continua sem vencer em 2025, tendo saído de Vila do Conde com um empate a dois golos diante do Rio Ave. No primeiro encontro do técnico portista Martín Anselmi na Liga, os azuis e brancos foram castigados pela enorme quantidade de erros cometidos pelos centrais na construção a partir de trás, que foram permitindo ao Rio Ave estar sempre na discussão pelos pontos.

O sexto jogo seguido sem vencer – quatro derrotas e dois empates- do FC Porto mostrou, ainda assim, uma versão que terá agradado ao universo azul e branco, numa análise mais a frio. O sistema de jogo de Martín Anselmi, com três centrais, trouxe uma equipa portista bastante dinâmica a nível ofensivo, com dinâmicas que surpreenderam os homens comandados por Petit e com uma dose extra de vontade de que a partida corresse de feição. Notava-se empenho suplementar a cada duelo, a cada investida coletiva ou individual dos azuis e brancos.

E por falar em individualidades, a bela meia hora inicial do FC Porto teve como principal artífice Rodrigo Mora. Foi uma primeira parte espetacular, a do jovem de 17 anos, que encheu o campo com cavalgadas, dribles e remates que em inúmeras ocasiões estiveram perto de resultar em golo. Nesse capítulo do desperdício portista, por Mora mas não só, muito mérito para Miszta, que voltou a brilhar na baliza vilacondense.

Muito produziu o FC Porto na primeira meia hora, não deixando o Rio Ave criar praticamente nada. Mas foi após um lance em que Clayton aproveita um erro de Otávio e surge isolado, vendo Diogo Costa negar-lhe o golo, que a segurança (e a confiança) portista desmoronaram. Uma discussão entre alguns jogadores portistas devido a esse lance fez com que a equipa passasse a jogar sobre brasas no seu último reduto, e o exemplo acabado disso mesmo aconteceu no lance seguinte, com Nehuén Pérez a entregar literalmente a bola a Clayton, na saída de bola a partir de trás, erro que foi punido de forma letal pelo goleador brasileiro do Rio Ave.

O FC Porto abanou, recolhendo em desvantagem aos balneários, mas voltou do descanso com a mesma proatividade no envolvimento coletivo do ataque e na recuperação de bola o mais rápido possível. Um grande pontapé de Mora defendido de forma acrobática por Miszta deu o mote para o empate, que chegaria na sequência desse lance, que deu canto. Marcou Neuhén Pérez, após ressalto feliz, redimindo-se do erro cometido no golo dos anfitriões.

O Rio Ave não sentiu demasiado o golo e mostrou-se aos dragões nalgumas saídas perigosas, tentando aproveitar algum desnorte defensivo dos portistas, que ainda estão a tentar assimilar as ideias do técnico Martín Anselmi. E foi noutro erro inacreditável de Otávio, novamente na construção a partir de trás, que o Rio Ave se recolocou na frente do marcador. Marcou Olinho, num pontapé ao ângulo superior direito, à saída de um Diogo Costa desesperado perante tanta ‘tremideira’ entre os centrais portistas.

Laivos de redenção voltaram ao relvado do Estádio dos Arcos pouco depois, com Otávio a rematar de muito longe e, desta vez, a ser feliz, pois a bola desviou em Ntoi antes de trair Miszta para o empate.

Estavam decorridos 76 minutos e o FC Porto montou um cerco à baliza da equipa de Petit num assalto final com várias aproximações perigosas de parte a parte, mas que não traria mudanças no marcador. No último lance, Samu correu pela vida rumo à baliza vilacondense mas foi travado por Panzo à entrada da grande área, à margem das leis. Cartão vermelho direto para o defesa do Rio Ave e uma última oportunidade para o FC Porto, desperdiçada por Fábio Vieira, num livre direto contra a barreira.

Além de ter perdido mais dois pontos na luta pelo título, o FC Porto também perdeu Otávio para o clássico de sexta-feira com o Sporting – o defesa central viu o quinto cartão amarelo da competição e estará suspenso na próxima jornada. Nota final para o Rio Ave, que soma um ponto importante na sua caminhada tranquila na Liga e termina a ronda no 10.º lugar, com 24 pontos.